RS: R$ 4,5 bilhões de ICMS já foram sonegados em 2016

Foto: Guilherme Santos

Mais de R$ 4,5 bilhões foram sonegados de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), somente em 2016, no Rio Grande do Sul. Em nível nacional, a sonegação de impostos está estimada em R$ 340 bilhões em 2016. Os números foram apresentados na manhã de quinta-feira (18), durante a instalação do painel do Sonegômetro no Largo Glênio Peres, no centro de Porto Alegre. O Sonegômetro é uma iniciativa do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda (Sinprofaz) e do Sindicato dos Técnicos Tributários da Receita Estadual do RS (Afocefe) com o objetivo de chamar a atenção dos brasileiros para a necessidade de debater a sonegação fiscal no Brasil e o prejuízo que ela causa à sociedade como um todo.
Segundo o presidente do Sinprofaz, Achilles Frias, a sonegação fiscal tem atingido cifras superiores a R$ 500 bilhões anualmente no Brasil. “Esses números representam os recursos que deixam de chegar aos cofres públicos e que poderiam ser revertidos para educação, saúde e segurança pública. O nosso foco é mostrar ao cidadão que é necessário combater o grande sonegador, o grande devedor”, assinalou. Frias destacou ainda que a sonegação de impostos está diretamente ligada à corrupção. “É com base no dinheiro que deixa de ingressar nos cofres públicos é que se faz o caixa 2, financiamento ilegal de campanha e corrupção ativa”.

O painel Sonegômetro vem apontando, desde 2013, um rombo gigantesco nas contas públicas, que gira em torno de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Esse valor é quase 20 vezes o investimento anual do Programa Bolsa Família. Ao lado do painel do Sonegômetro foi instalada a Lavanderia Brasil, uma máquina de lavar gigante que simboliza a lavagem de dinheiro no país. A Afocefe possui também um painel eletrônico instalado, desde o dia 27 de abril, na Avenida Assis Brasil, na zona norte da capital, que mostra, em tempo real, os números da sonegação de ICMS no Rio Grande do Sul.
O site da CUT-RS também disponibiliza, desde maio, o acesso ao Sonegômetro (estadual e nacional). Segundo o presidente da entidade, Claudir Nespolo, a ideia é “fazer com que cada pessoa possa ver os números que revelam o mal que os sonegadores causam nas contas públicas, quando se apropriam ilegalmente de impostos que não são recolhidos ao Estado e ao País”.

Fonte: Site Sul21

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