O Governo do Estado do Rio de Janeiro, através da Câmara Metropolitana de Integração Governamental, entregou a nova base cartográfica dos Municípios da Região Metropolitana. Ao todo, 3.019 ortofotocartas foram distribuídas, retratando, com precisão, os mais de 2 mil quilômetros quadrados de área urbana de 19 dos 21 Municípios da região. As prefeituras de Rio de Janeiro e de Niterói já possuem o levantamento.
As ortofotocartas – entregues em mapas e em pen drives – reproduzem imagens aéreas detalhadas da ocupação urbana do território metropolitano.
– Uma base cartográfica é fundamental para qualquer iniciativa de planejamento. O sistema permitirá a melhoria do sistema de arrecadação de impostos, como o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e o ITBI (Imposto Sobre a Transmissão de Bens Imóveis), além da melhoria do planejamento dos serviços públicos, como por exemplo, a coleta de lixo – explicou o diretor-executivo da Câmara Metropolitana, Vicente Loureiro.
Presentes ao evento, os prefeitos de Seropédica, Alcir Martinazzo, de Queimados, Max Lemos, e de Rio Bonito, Solange Almeida, elogiaram a iniciativa e ressaltaram a importância do material para a melhoria do planejamento em seus Municípios.
– A nova base cartográfica é essencial para quem procura fazer um bom planejamento de sua cidade. Todas as ações de governo passam a ser feitas com mais exatidão – afirmou Max Lemos.
Para a secretária de Fazenda de Nilópolis, Sueli Abrão, a nova base cartográfica chega em boa hora, diante da crise financeira que passam os Municípios da Baixada Fluminense.
– Estamos recebendo um legado para o Município. Sem essa ajuda, não teríamos como desenvolver esta ferramenta, que sem dúvida, poderá nos ajudar na melhoria da nossa arrecadação – disse Abrão.
Além de Nilópolis, Queimados, Rio Bonito e Seropédica, também receberam a nova cartografia representantes dos Municípios de Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Magé, Guapimirim, Paracambi, Itaguaí, Seropédica, Japeri, Mesquita, São João de Meriti, Tanguá, São Gonçalo, Cachoeiras de Macacu, Belford Roxo, Itaboraí e Maricá. Além das prefeituras, o trabalho também será entregue a 23 órgãos estaduais, entre os quais a Cedae, o Inea (Instituto Estadual do Ambiente) e o Iterj (Instituto de Terras e Cartografia do Estado do Rio de Janeiro).
Investimento do Banco Mundial
A iniciativa da Câmara Metropolitana contou com investimento do Banco Mundial, que resultou na contratação do levantamento aerofotogramétrico. Durante os meses de dezembro de 2015 e janeiro de 2016 foi feito um sobrevoo da região, identificando as áreas de adensamento populacional e as áreas de preservação ambiental. O trabalho foi feito na escala 1;2000 (um para 2 mil), considerada a mais adequada no uso do planejamento urbano.
A iniciativa é inovadora em regiões metropolitanas do país. De acordo com Vicente Loureiro, há mais 20 anos que os Municípios não dispunham de uma cartografia. A mais recente foi feita durante a execução do Plano de Despoluição da Baía de Guanabara (PDBG). A nova ferramenta fará com que as ações do Estado sejam feitas com base em dados mais precisos.
Caberá ao Centro de Processamento de Dados do Estado do Rio de Janeiro (Proderj) a armazenagem da base cartográfica da região. Para o presidente do órgão, Antônio Bastos, o trabalho será de grande utilidade para as prefeituras.
– O sistema vai ampliar a acessibilidade de todos. O próximo passo é complementar as informações a partir da integração dos Municípios, é fazer com que todos saibam usar as informações recebidas – afirmou.
Fonte: Jornal do Brasil
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