A Moody’s foi a terceira agência internacional a tirar o selo de bom pagador do País
Repercutiu na Câmara dos Deputados a notícia do rebaixamento da economia brasileira, nesta quarta-feira (24), pela agência de classificação de risco Moody’s. A nota do País caiu dois degraus, passando de Baa3 para Ba2. Ou seja, o Brasil perdeu o selo de bom pagador ao sair do último nível de grau de investimento e entrar na categoria de especulação. A perspectiva é negativa, uma vez que o País ainda pode sofrer novo rebaixamento.
A Moody’s foi a última entre as três grandes agências internacionais de risco a cortar a nota de crédito nacional.
Deputados da oposição culparam o governo Dilma Rousseff pelo rebaixamento. Para o líder do DEM, deputado Pauderney Avelino (AM), o corte reflete o caos político e econômico vivido pelo País.
“Não se consegue retomar a economia se não se resolver a política. O Brasil precisa de um ajuste fiscal sério, necessita de austeridade na condução da política econômica. É o que nós não temos, apontam as agências de risco”, afirmou o líder.
O deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), vice-líder do partido, também criticou o desempenho do Executivo. “Os cortes orçamentários [promovidos pelo governo desde 2015] não levam a lugar nenhum. Eles só deterioram a qualidade do serviço público. O Planalto não quer enfrentar a mãe das reformas, que é cortar o Estado pela metade”, sustentou.
Possibilidade de melhora
Por sua vez, o vice-líder do PT deputado Enio Verri (PR) admitiu que o rebaixamento reflete a fragilidade econômica e política brasileira. Ele acredita, no entanto, que a nota pode ser melhorada, se Executivo e Legislativo se empenharem no ajuste econômico.
“Essas agências sinalizam tendências para o mercado, em especial o financeiro. É muito rápido, porque esse segmento é altamente especulativo”, comentou . “Assim que conseguirmos encerrar essa questão do impeachment da presidente Dilma, aprovarmos a CPMF e fecharmos o debate do ajuste econômico, naturalmente a avaliação pode ser alterada”, cogitou Verri.
Em nota à imprensa, o Ministério da Fazenda reiterou que a posição das agências não altera o comprometimento com o ajuste fiscal e com reformas, como a previdenciária, que deve ser enviada ao Congresso até abril.
Avaliação do governo
Também repercutiu entre os parlamentares a melhora na avaliação do governo Dilma, constatada em pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgada nesta quarta. Conforme o levantamento, 11,4% dos entrevistados analisaram positivamente a gestão da presidente e 62,4% de forma negativa. Na sondagem anterior, divulgada em outubro de 2015, o governo foi avaliado de forma positiva por 8,8% dos entrevistados. Na ocasião, 70% haviam avaliado negativamente.
Pauderney Avelino atribuiu a melhora à margem de erro das pesquisas. Enio Verri rebateu dizendo que a oposição está “afundada em mágoas e ainda não admitiu a sua derrota” nas eleições. Para Verri, a oposição tem uma grande responsabilidade quanto à situação do Brasil, uma vez que não deixa passar projetos “necessários ao bem do Brasil”.
Avelino, porém, apontou que o papel da oposição é criticar e fiscalizar o governo, não propor soluções.
Fonte: Agência Câmara de Notícias
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